Minha pergunta:
Uma criança pede dinheiro no farol. Ao longe, você vê o pai dela observando, enquanto ela arrecada o dinheiro. O que você pensa disso?
A resposta dela:
Vejo o quanto meus problemas são pequenos perto dos dos outros. Que é utopia uma sociedade justa. Que o homem é egoísta, cruel e insaciável. Mas que Deus não, e nele nada é impossível.
Penso que dando o dinheiro eu contribuiria para que aquela situação se perpetue, mas se não der, posso estar colocando aquela criança em maus bocados.
Penso em tanta coisa. Meus olhos não suportam miséria e violência. E numa cena como essa presenciamos as duas situações. Mas o que são meus olhos, meu horror pela causa, perto do que aquela criança sente na pele? Penso que sou pequena, e o mundo é muito maior do que os meus braços podem carregar.
Trecho de uma conversa quase onírica com um personagem maravilhoso que surgiu no palco da minha vida. Não sei que papel ele vai ter no decorrer da história, mas esse trecho do espetáculo está me causando arrepios.
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