25.6.10

You could be happy

Hoje eu queria falar sobre ser feliz.
Mas não da forma que todo mundo fala, de como a alegria é complexa e "todo ser humano procura suprir essa necessidade através de grana, plástica, espiritualidade, sucesso profissional, relacionamentos, lazer, reclusão, arte..."
Queria falar de ser feliz.
De abrir a janela e deixar o sol bater nesse quarto frio.
De sorrir enquanto lava a louça.
De falar sozinho.
De rir das próprias desgraças.
De ser simpático num comentário que foi enviado para você no twitter, mesmo sendo você uma pessoa famosinha que acha que todo mundo que envia recados está tentando te zuar.
De ser suave.
Estou falando de levantar da cama, encher o peito, e falar: Hoje vou me alegrar!

O que te impede?
Nada, não é?

O que te impede de perdoar, de deixar as pessoas entrarem e saírem da sua vida, como se fosse uma casa aberta?
O que te impede de ser uma hospedagem para feridos de guerra, em vez de uma propriedade privada?

Ao olhar pro lado, o que faz com que você veja um obstáculo em vez de uma pessoa?

O que te impede de se apaixonar?
De deixar que alguém te vença?
De se deixar derrubar?
O que te impede de tentar novamente, e aceitar seus erros com um sorriso?
O que te impede de dizer: "Sim, a culpa é minha"?

O mundo está muito complicado.
Dizem que a felicidade é muito importante e muito rara para ficar disponível o tempo todo, para todo mundo. Ela é muito grande, muito esquisita, muito complexa. Para protegê-la, colocamos trincas, ferrolhos e cadeados, e a cercamos de muros e valas. E então ficamos seguros, afastando todo mundo de perto.

Só que cada pessoa com que cruzamos tem uma chave. Cada uma é uma escada. Todas elas são pontes.

2 comentários:

  1. Que blog mais maravilhoso! Descobri por um acaso e já posso dizer que adorei.
    abração :)

    felipe,

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  2. Felipe, seja muito bem vindo! Obrigado por essas suas palavras gentis, e sinta-se a vontade de visitar sempre esse humilde espaço!

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