19.11.09

a inconstância

Eu tenho a mania de amar ou odiar as coisas pelo primeiro toque, ou primeiro som.
Que cara bobo, você pensa.
(É, eu sei que sou.)
Mas o fato é que se alguma coisa não me conquistar nos primeiros instantes, dificilmente terá minha atenção daí em diante.
Sou assim, principalmente, com músicas. De repente me pego chorando com um vídeo do youtube que ouví pela primeira vez na vida. Descubro o nome do artista. Vou em algum site aí e dou download do album inteiro, comento dele no twitter, no orkut, ligo para amigos só para conversar. Enfim, viro fã. Em segundos!



Mas uma coisa engraçada que acontece, é que depois de um ou dois dias muitos desses arquivos ficam intocados aqui, no meu PC. Talvez porque nem todas as músicas são tão legais quanto aquela, mais comercial, que ouví no site ou na TV, ou porque simplesmente fui levado pelo vídeo, pelo momento, pela vida.
Independente do motivo, notei aqui um traço da humanidade. Quantas vezes você já experimentou alguma coisa que julgou boa, e quis "baixar o pacote completo", se decepcionando muito com o resto?
Talvez o que precisemos não seja conhecer afundo todas as letras, melodias e composições. Creio que valhe a pena fazer uma playlist com todas nossas grandes emoções, sem medo de contrastar gênero ou autor, ritmo ou harmonia.
Não é necessário nos afundarmos no conhecimento, limitando os ouvidos a somente um estilo, uma idéia, aquele álbum em específico dentre todos os outros que poderíamos ouvir...

Não, não estou falando (só) de música.

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